Cães passam por avaliação para operarem na busca e resgate do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina
14 duplas de bombeiros e cães passaram por cinco provas em dois dias de teste
Depois de enfrentaram cinco provas em dois dias de testes, 14 bombeiros e cães concluíram, na tarde desta sexta-feira, a 1ª Prova Nacional de Certificação Operativa para Cães de Busca e Resgate. A avaliação foi montada pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina no Parque Estadual do Rio Vermelho e aprovou apenas quatro animais.
Os 14 binômios (duplas de homem e cão) enfrentaram testes de obediência, destreza, busca rural, conhecimentos humanos e restos mortais. As provas iniciaram-se às 8h desta quinta-feira e encerraram-se às 16h desta sexta-feira.
Participaram duplas de Araranguá, Tubarão, Braço do Norte, Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Rio do Sul, Curitibanos e Xanxerê. Foi a primeira vez que a certificação ocorreu por juízes nacionais. Estes têm pelo menos oito anos de atuação na área e registros internacionais. Anteriormente, os animais passavam pelo crivo de instituições de outros países.
— Isso possibilita a evolução da atividade no Brasil. Com certeza, os europeus têm mais experiência na área. Mas testes com eles acontecem uma vez por ano. C
om juízes nacionais, podemos promover mais vezes por ano - explicou o capitão Walter Parizotto, um dos organizadores da prova.

Das 14 duplas, só quatro foram aprovadas em todos os requisitos exigidos. A rigorosidade justifica-se pela importância do trabalho dos cães, segundo Parizotto.
— Os animais atuam em desabamentos, buscas em matagais, por exemplo. Então, não existe margem para erro. A vítima não pode ser o juiz deles.
Para ser submetido à prova, os cães passaram por um ano de treinamento. Entre as habilidades avaliadas, estavam a capacidade física, o condicionamento técnico para superar obstáculos e capacidade de localização de vítimas.
por: Pedro Rockenbach
pedro.rockenback@diario.com.br