sábado, 14 de julho de 2012

CONCURSO PARA OFICIAL BOMBEIRO - MT - NÍVEL MÉDIO

 Concurso Corpo de Bombeiro – MT | Edital 001/2012 – Curso Formação de Oficiais

Cargos e Remuneração

A seguir será possível conferir os principais requisitos solicitados pelo edital 001/2012 do Corpo de Bombeiro de MT para pleitear uma das vagas:
Oficiais 2013

 Habilitação Exigida: ser brasileiro, possuir entre 18 e 25 anos de idade, estar em dia com as obrigações eleitorais e militares, possuir no mínimo ensino médio completo, ter altura mínima de 1,67 (homem) e 1,57 (mulher), possuir ilibada conduta pública e privada, não ter sido dispensado do serviço militar ou desligado de cursos e escolas militares por incapacidade mental, moral ou disciplinar, possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH), entre outros citados no item 5.0 do edital oficial.
Vagas: estão sendo ofertadas 06 vagas, sendo 05 para homens e 01 para as mulheres.

Inscrição

  • Internet: os interessados em ingressar na carreira pública, deverão preencher a ficha de inscrição no website www.unemat.br/vestibular, no período de 24 de julho a 07 de agosto de 2012.
As inscrições só serão validadas após o pagamento da taxa de inscrição, cujo valor corresponde a R$120,00.

Provas

As etapas mencionadas abaixo fazem parte do Concurso do Corpo de Bombeiro – MT:
  1. Prova Objetiva.
  2. Prova de Redação.
  3. Avaliação Física.
  4. Avaliação Psicológica.
  5. Investigação Social e Funcional.
As datas, locais e horários de aplicação das provas do concurso, serão divulgados posteriormente em um edital de convocação. O mesmo estará disponível no site da Empresa COVEST (organizadora do concurso), e no site do Corpo de Bombeiro do Mato Grosso. O acompanhamento das demais publicações será de inteira responsabilidade dos candidatos.

fonte: http://www.agrobase.com.br/concursos/2012/concurso-corpo-bombeiro-curso-formacao-oficiais/

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Bombeiros em maratona de 246 km no Saara transportando jovens especiais.

De forma emocionante os bombeiros franceses transportaram 4 jovens com dificuldades de mobilidade, jovens especiais que também toparam participar na maratona de 246 quilômetros no Saara. Foi transmitido pelo Fantástico, programa da TV Globo no último domingo, cenas que me levaram a aflorar minha parte emotiva, tal demonstração expressou exatamente o verdadeiro espirito do BOMBEIRO, a força do grupo em benefício de alguém que precise.  Mai abaixo está o línk vídeo.



Planeta Extremo: corredores encaram maratona de 246 quilômetros no Saara
Serão seis dias de prova. As três primeiras etapas têm distâncias entre 33 e 38 quilômetros. A competição segue com trechos de 81, 42 e 15 quilômetros.


Um acampamento que abriga homens e mulheres dispostos a sofrer. 




        É a maratona do Deserto do Saara, no Marrocos, uma competição planejada para exigir o máximo do ser humano.

Ao todo, 246 quilômetros de prova. Dunas gigantescas e um calor de 50ºC. Um ambiente agressivo, mágico e perigoso.

O Saara se apresenta. Hora da largada. São 881 atletas de 48 países. Clayton Conservani está no meio dessa multidão para o desafio mais difícil da vida dele.

Serão seis dias de prova. As três primeiras etapas têm distâncias entre 33 e 38 quilômetros. A competição segue com trechos de 81, 42 e 15 quilômetros. No total, 246 quilômetros.
Vídeo:
http://tinyurl.com/d6h6xcb

        O carioca Bernardo Fonseca é o parceiro de Clayton mais uma vez. Eles correram juntos na Antártica. Bernardo venceu a maratona e a ultramaratona e ajudou o repórter a chegar em sétimo lugar. "O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre. Isso levo para o resto da minha vida em todos os meus desafios", conta.

Um desafio como este é também uma busca permanente por inspiração. Clayton vê a luta dos bombeiros franceses, que levam em uma cadeira de rodas adaptada quatro jovens com paralisia cerebral e dificuldades de locomoção. Eles têm entre 16 e 20 anos, e vão se revezar na cadeira ao longo da prova.

"É a primeira vez que a gente faz um percurso assim. São paisagens magníficas. É uma grande descoberta para pessoas como nós”, diz Victor.

Em menos de duas horas, os primeiros nocautes na areia. Alguns competidores perderam a batalha contra o deserto. O desgaste é inevitável. Clayton sofre com as minhas primeiras câimbras, mas consegue cruzar a sessão de dunas.

E são dez quilos nas costas. Os competidores são obrigados a levar na mochila tudo o que vão usar durante os seis dias de corrida. Comida, roupas e equipamentos de segurança. A única ajuda vem da organização: um litro e meio d'água a cada dez quilômetros.

É possível sentir prazer em um ambiente tão hostil? Didier Benguigui prova que sim. Ele tem uma doença genética que ataca a retina. Perdeu a visão gradualmente nos últimos 20 anos até ficar cego. Superou a depressão com a ajuda do esporte e de amigos como o guia Gilles Clain.

"É sempre uma nova descoberta, um prazer. Eu não vejo, mas eu sinto a paisagem”, completa Didier, de 61 anos.

Depois dos primeiros 33 quilômetros Clayton está em 204 na classificação geral entre quase 900 atletas. O desempenho animador tem um preço. Pressão baixa, câimbras, atendimento de emergência. Por pouco ele não se despede do deserto.

"Essa prova é para quem tem cabeça, sabe se cuidar. Não é só sair correndo disparado na frente" aconselha Bernardo.

As paisagens se renovam e as dificuldades aumentam. "Estou tão cansado que mal consigo andar em linha reta", revela Clayton.

E o que vem pela frente é aterrorizante. "Tem uma tempestade de areia logo ali na frente, bem no nosso caminho", diz o repórter.

A ventania chega sem avisar e atinge 100 km/h. Os competidores desaparecem na tempestade de areia.

É impossível prever o que vai acontecer. E a única escolha é encarar o vendaval. O plano de descansar desmorona. Uma nova tempestade de areia atinge o acampamento.

"Está ventando muito forte e por mais que a gente tente tapar os buracos da tenda, a areia invade e entra nos olhos, nos ouvidos. Vai ser difícil descansar essa noite”, diz Clayton.

Para piorar, o frio castiga. A temperatura, que chegou a 51ºC, cai para 5ºCquando eles vão dormir. Na noite que os atletas mais precisam descansar, a vitória é do Saara.

"Não dormi nada, tem areia pelo corpo todo. Os 81 quilômetros vão ser dramáticos", diz Bernardo.

Depois de três dias, 107 quilômetros de esforço, o estado físico de Clayton Conservani é crítico. Ele tenta proteger as costas machucadas pela mochila e principalmente os pés, cada vez piores. E eles ainda têm pela frente uma etapa de 81 quilômetros.

Na maratona do gelo, no pior momento do repórter, o apoio veio na lembrança da filha. Desta vez, quando ele mais precisava, uma surpresa: Gabi e a mulher, Carmem, gravaram um vídeo para ser exibido em um momento de fraqueza.

"Eu estou com os pés bem machucados, estou sofrendo bastante, então é um estímulo muito grande receber esse carinho, esse apoio, nesse momento. E eu tenho certeza que durante todos os 81quilômetros que eu terei pela frente hoje eu vou lembrar cada palavra de vocês. Eu também amo muito vocês, você estão no meu coraçao e vão estar comigo em cada metro aqui no deserto do Saara", diz Clayton.

A atmosfera é diferente de tudo o que eles sentiram até agora. Poucos enfrentaram uma distância tão longa. Logo de cara, uma subida duríssima, mas o que vem em seguida requer muito cuidado: é quase um abismo. "A descida é tão inclinada que eles colocaram uma corda pra ajudar", explica Clayton. Um descuido na rampa pode significar o fim da jornada.

A palavra perseverança ganha outra dimensão com a equipe dos bombeiros. Eles deixam para trás pedras e montanhas de areia. Em vez de exaustos, parecem mais fortes quando chegam ao topo.

Correr em uma temperatura de 50ºC é uma ameaça constante. A atenção é redobrada. São dois helicópteros com equipes prontas para o resgate. "Alguém acabou de desistir, vai ser resgatado bem aqui na minha frente. Vou lá ver o que aconteceu", conta Clayton.

A desistência dos outros me faz pensar: eu posso ser o próximo a ficar pelo caminho. E o deserto tem habitantes traiçoeiros. “Isso é um dos perigos do deserto. A serpente deu um bote na lente, ainda bem que não foi na minha mão”, diz o repórter.

A etapa de 81 quilômetros serve como uma peneira. Só os mais fortes vão resistir.

Depois de 12 horas de prova, é preciso repor as energias. "O corpo fala: 'para, para, não dá mais pra seguir. E a cabeça fala dá pra ir mais um pouco'".

O acampamento se aproxima. Isso renova as forças e a equipe decide acelerar o passo.
Depois de 16 horas e 58 minutos, a etapa mais longa e difícil é vencida. Comemoração às 2h da madrugada. Fim dos temidos 81 quilômetros.

Mas a festa dura pouco. Os efeitos do esforço logo aparecem. "É um tsunami de acontecimentos. Você fica mal alimentado, desidratado, o sol escaldante do deserto, se esforçando, pensando em passar os postos de controle, não ser desclassificado", diz Clayton.

Clayton está a salvo no acampamento, mas muitos continuam pelo caminho. Exaustos, os bombeiros dos garotos franceses não têm outra opção: dormir ao relento e esperar o dia raiar. A temperatura é de 6ºC. O sofrimento deles só termina às 16h do dia seguinte, um momento de alegria e alívio para todos.

Mas o acampamento parece um cenário de guerra. Uma base de feridos em batalha.Depois de quatro dias correndo à base de comida desidratada Clayton está quatro quilos mais magro. A solidariedade se sobrepõe no deserto. Alberto Ginne, um espanhol companheiro de tenda de Clayton, deixa de lado momentos de descanso para ajudá-lo. Os pés de Clayton parecem o depósito de bolhas de sangue. Alberto sabe o que fazer.

Nestas condições, o repórter parte para a penúltima etapa. Ao todo, 42 quilômetros, uma maratona. Clayton pede para Bernardo seguir em frente sozinho. Seria crueldade demais exigir que ele fosse em um ritmo tão lento. O rei do gelo completa a etapa dos 42 quilômetros entre os 30 primeiros colocados.

Enquanto isso, as dores consomem Conservani. O tempo limite para fazer os 42 quilômetros dessa quinta etapa é de 12 horas. A luta de Clayton era para não ser desclassificado.

Mas ele divide o deserto com quem realmente poderia se lamentar. Encontra Didier Benguigui, o atleta cego, e seu guia fiel. Ele vê de perto a bravura dos bombeiros e dos meninos. São exemplos comoventes, mas ele não se conforma em ficar entre os últimos colocados.

A vontade se renova a cada ultrapassagem. Pela primeira vez na prova, ele se sente mais poderoso do que o deserto. A chegada dos 42 quilômetros é especial, um momento para ser compartilhado.

Alberto Ginne, que curou os pés de Clayton, não esconde a angústia que passou: "Tomara que possa andar, que possa correr, que chegue! Me sentiria um pouco culpado se ele não chegasse. É muita emoção, muita emoção", diz.

O acampamento ganha outro astral. Os 231 dos 246 quilômetros já foram vencidos. As dores continuam e podem até ter piorado, mas quem chegou até ali, dificilmente vai desistir. São os 15 quilômetros finais. A última e mais curta das seis etapas. É uma competição que deixa marcas eternas.

Salameh al Aqra, da Jordânia, é o primeiro o entre os homens. No feminino, vitória da francesa Laurence Klein.

Clayton se sente um campeão, mesmo sendo o 303º na classificação geral. Bernardo é o número 272º entre os 797 atletas que resistiram ao desafio.

"Uma batalha entre a mente e o corpo. E nós conseguimos chegar. Machucados, mas com a sensação de que eu fiz o máximo”, confessa o repórter.

A festa é simples comparada à façanha. São cenas carregadas de emoção. O filho reencontra o pai herói. O corredor completa uma missão especial. Mostra a aliança e finalmente pede a noiva em casamento.

Didier e Gilles, o cego e o guia, mais unidos do que nunca, cruzam a linha de chegada. Foram seis dias e 246 quilômetros de parceria ao extremo.

Falta receber os bombeiros. Dez homens acostumados a salvar vidas diante de uma nova experiência: dar a quatro jovens a chance de conhecer a natureza em estado bruto: de superar um desafio imenso. A maratona do deserto, agora, é uma lembrança positiva.

"Foram seis dias de um esforço extremo. De resistência, de perseverança. E algumas perguntas passaram pela minha cabeça o tempo todo: por que as pessoas desafiam seus limites? Por que se arriscam em um ambiente tão hostil? Por que enfrentam tantas adversidades voluntariamente? Não é por algum prêmio, por algum troféu ou medalha. É pela convicção de que, apesar de tudo, sempre vale a pena seguir em frente. Apesar de todas as dificuldades, não desistir jamais. Foi isso que o deserto ensinou a mim e a essas pessoas. Uma lição para o resto da vida", completa Conservani.

fonte: FANTÁSTICO