Apaixão por salvar vidas é epidêmica. Provas disso estão espalhadas pelas 228 guaritas do Litoral Norte. Em meio a um contingente de 800 salva-vidas, três histórias foram escolhidas para ilustrar o quanto o amor por devolver uma vida à tona é contagiante.
Conforme a terapeuta comportamental Elisabeth Meyer estes profissionais da areia são vistos como heróis e não é para menos:
— Simbolizam a diferença entre a vida e a morte. Nos sentimos seguros na praia porque sabemos que eles estão lá, de olho na gente. E isso os deixa envaidecidos.
Orgulho de pai para filho
David Antonio Olkoski, 25 anos, tinha nove quando seu pai virou salva-vidas. Desde então, pedia para seguir o “velho” na beira-mar. Ficava todo orgulhoso a cada braçada e a cada vítima resgatada com empenho. Na hora de escolher a profissão, não hesitou. Em 2008, participou da sua primeira Operação Golfinho em Torres, mesmo município em que o pai atua.
Assim como o filho David, Antonio Carlos Oliveira da Silva, 43 anos, sente orgulho de carregar estampado nas costas a palavra salva-vidas.
— Interferimos na vida das pessoas no momento em que elas mais precisam — diz Antonio.
Enquanto dividem o mesmo posto, na guarita 9 da Praia da Cal, são os soldados Antonio e Olkoski. Raramente, alguém escuta um chamar o outro pelo parentesco. Somente em casa, em Sapiranga, quando se despem da farda, é que voltam a ser pai e filho.
No mar, a interação e a conexão de ambos revelam os laços de sangue. Por ter passado anos a observar as técnicas do pai, David já sabe para onde ele vai correr, o que fará e se prepara para o que tem de fazer. Se comunicam pelo olhar.
— Só que ele nada melhor que eu, sempre foi assim — dispara o pai coruja.
— É uma emoção difícil de descrever. Foi ele quem me ensinou tudo. Quando entrei na água pela primeira vez, já sabia o que tinha de fazer. Poucas vezes me surpreendi — celebra David.
FONTE: ZH
NOTA DO BLOG:
Não posso deixar de mencionar esta postagem, até por que eu trabalho diretamente com estes dois militares no Corpo de Bombeiros de Sapiranga, mas não somente por isso, também por que o Soldado Antônio (pai), também é meu herói e referencia para minha carreira.
O “Pai Tonho”, foi o primeiro a me receber no quartel de Sapiranga, ainda quando eu era aluno soldado, a impressão de camaradagem e educação, foi um dos norteadores para mim optar par trabalhar lá.
Mesmo quando eu não era habilitado para operar auto escada mecânica, no pátio do quartel ele me passava instruções com um amor pelo veículo que me impressionava. Também me tratava com respeito e camaradagem como se eu fosse um veterano ao seu lado, mesmo eu sendo um recruta apenas.
Mas o que fez ele ser meu herói foi o fato de um dia em ele estava de folga da Operação Golfinho aonde foi fazer compras no mercado e avistou um incêndio e nossa guarnição de serviço combatendo, aproximou-se e perguntou quem estava dentro do incêndio, responderam a ele que apenas o Alex, prontamente ele vestiu um EPI e entrou, essa foia minha sorte, pois pela minha inexperiência e um tanto de azar, uma parede bloqueou minha saída, eu estava perdido num labirinto de fogo e fumaça densa, naquele momento surgiu o “Pai Tonho” meu grande herói e me auxiliou a sair.
Obrigado Antonio, você é um exemplo de pessoa, um exemplo de colega e para mim um exemplo de BOMBEIRO, você é meu herói.
2º Sargento Alex, seu eterno amigo.