CÃO AJUDA DIAGNOSTICAR CANCRO NOS INTESTINOS

Inglaterra


Retriever do Labrador

Já há muito que se tem vindo a investir nas capacidades inatas dos cães para detectar odores e tornar a nossa vida mais segura, para busca e salvamento, para detecção de produtos ilícitos, ou ainda noutras actividades em que são melhores, mais rápidos e incomparavelmente mais competentes que os humanos. Recentemente, cães farejadores começaram a dar uma grande ajuda na detecção muito precoce do cancro da próstata e essa detecção precoce pode salvar muitas vidas humanas.

Na última edição da revista British Medical Journal foi publicado um estudo onde se demonstra, mais uma vez, as capacidades dos cães na detecção de doenças cancerígenas. Neste caso, um dos mais perigosos e mortais quando não detectado a tempo, o cancro do intestino, uma vez que alastra silenciosamente, muitas vezes sem dar qualquer tipo de sinal que permita ao doente perceber que algo não está bem.

O estudo apresentado foi elaborado tendo por base um cão de raça Labrador que, depois de ter sido treinado durante alguns meses, foi testado no terreno e obteve resultados positivos em mais de 95% dos casos de cancro ainda numa fase muito inicial, o que permitiu uma intervenção rápida com benefícios para todos os envolvidos, principalmente para os pacientes. Para além dos casos em que já existiam casos declarados de doença, o cão identificou os casos onde já se tinham desenvolvido pólipos, o que não sendo grave deve ser tratado, para que mais tarde essas formações não degenerem em cancro. Como amostra foram utilizadas 306 pessoas, e dessas 48 estavam doentes e precisavam de intervenção médica.

Estes resultados são animadores, já que para além de, no futuro, ser possível utilizar cães em muitas situações, vai permitir aos investigadores perceber, com mais algum trabalho, que tipo de odores os cães identificam e desenvolver equipamentos electrónicos mais eficazes, mais rápidos, mais acertivos e também com menores custos. O beneficio maior é para os pacientes, que podem assim ter um novo aliado no combate a algumas doenças com maior taxa de mortalidade.

FONTE: http://www.bicharada.net/animais/noticias.php?nid=1497